Queiroz é o assessor dos sonhos de parlamentares bolsonaristas
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O deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ) afirmou que pretende convidar Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, para trabalhar em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) com um cargo comissionado. Em entrevista à revista “Crusoé”, Amorim avaliou que o ex-PM contribuiria na interlocução “com as forças de segurança” e disparou: “Agora, os deputados do PSOL não precisarão mais perguntar ‘cadê o Queiroz’, pois ele estará no meu gabinete. Ao que me consta, Queiroz não foi condenado a nada. É ficha limpa”.
Suspeito de operar um esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio, quando o filho do presidente era parlamentar na Alerj, Queiroz tenta viabilizar sua candidatura à Câmara dos Deputados. Em novembro do ano passado, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) invalidou todas as decisões tomadas pelo juiz Flávio Itabaiana, da primeira instância da Justiça fluminense, o que levou a investigação a praticamente começar do zero.
Procurado pelo GLOBO, Amorim disse, em nota, que a ideia de trabalhar com Queiroz é antiga — “ desde o dia em que fui eleito, em outubro de 2018” —, mas acredita que “ele está muito tomado pelas tarefas de sua pré-campanha e não poderá vir”:
“Eu presenciei o trabalho dele de contato permanente com eleitores, e a força dele como policial junto à tropa, aos praças, que são público importante do meu mandato. Sempre faço questão de lembrar que ele não tem nenhuma condenação, nada que o impeça de exercer cargo público, ou seja, o Queiroz é ficha limpa”, afirmou o deputado em outro trecho da nota.
Amorim, conhecido por quebrar uma placa feita em homenagem à vereadora carioca Marielle Franco, assassinada em 2018, tem proximidade com a família Bolsonaro e foi o vice na chapa de Flávio à prefeitura do Rio, em 2016.
Nas redes sociais, Fabrício Queiroz tem intensificado suas publicações e já se posiciona em tom de campanha. Com acenos ao eleitorado conservador e de direita, ele tem como uma de suas principais bandeiras a lealdade à família Bolsonaro e se coloca como defensor de pautas bolsonaristas, como a política armamentista.
A pretensão do ex-assessor, que negocia filiação ao PTB, é por uma candidatura a deputado federal.