Bolsonaro tenta atrair Guatemala para arco anêmico de alianças

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Foto: Reprodução

Com poucos amigos no cenário internacional, o governo de Jair Bolsonaro (PL) tem estreitado relações com a Guatemala.

O país centro-americano de 17 milhões de habitantes é governado desde 2020 pelo conservador Alejandro Giammattei, que tem diversas semelhanças com o presidente brasileiro: elegeu-se com uma plataforma de defesa da vida, de valores cristãos e pregando o endurecimento contra a criminalidade.

No mês passado, a Guatemala sediou o Congresso Ibero-Americano pela Vida e a Família, evento no qual a então ministra Damares Alves (Direitos Humanos) foi uma das principais participantes.

Sua palestra foi uma das mais aplaudidas, especialmente quando ela lembrou que foi abusada durante a infância. “Queremos que o Brasil seja o melhor lugar do mundo para uma mulher nascer, onde as meninas não sofram violações na infância, como foi meu caso”, disse, chorando.

Além disso, no início de abril, o chanceler Carlos França teve uma reunião virtual com o chanceler guatemalteco, Mario Búcaro. Segundo o Itamaraty, ambos “trataram do excelente momento das relações bilaterais e das possibilidades de aprofundar o intercâmbio entre Brasil e Guatemala”.

Rejeitado por grande parte dos países desenvolvidos, Bolsonaro tem buscado aliados em líderes que comungam com ele de sua ideologia conservadora. Entre seus aliados estão Viktor Orbán (Hungria), Andrzej Duda (Polônia) e Narendra Modi (Índia).

Folha