Com o povo roendo osso, Câmara prioriza PL sobre a Bíblia

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Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Líderes de partidos do Centrão e até da oposição protocolaram na sexta-feira (8/4), na Câmara, um requerimento que pede o regime de “urgência urgentíssima” para tramitação do projeto de lei que veda alterações na Bíblia.

Assinam o requerimento líderes de partidos de direita e de centro, como União Brasil, PL, Republicanos, Progressistas, PSD e MDB, e até da oposição, entre eles, PT, PSB e PCdoB.

De autoria do deputado Pastor Sargento Isidório (Avante-BA), o projeto de lei veda qualquer “alteração, edição ou adição aos textos da Bíblia Sagrada”.

“Nós Cristãos, mais de 89% dos brasileiros segundo o IBGE, consideramos a Bíblia a Palavra de DEUS na Terra. O que torna qualquer alteração na redação deste Livro um ato mais que absurdo, flagrantemente uma INTOLERÂNCIA RELIGIOSA e porque não dizer uma grande ofensa para a maioria dos brasileiros, independente da sua religião”, justifica o parlamentar na proposta.

Em tese, o regime de “urgência urgentíssima” deve ser adotado no Congresso Nacional para matérias “relevantes e de inadiável interesse nacional”.

Caso seja aprovado, o requerimento garantirá uma deliberação instantânea do projeto, já que são dispensados todas as formalidades regimentais, exceto quórum, pareceres e publicações.

No início de março, o deputado-pastor conseguiu as assinaturas suficientes para levar ao plenário da Câmara um requerimento de urgência para um projeto que proíbe e criminaliza o uso da palavra “Bíblia” e da expressão “Bíblia sagrada” fora do contexto aceito pelas religiões. O requerimento, porém, acabou não sendo votado.

Metrópoles