Cúpula petista tenta salvar aliança com Força Sindical após vaias a Paulinho
Foto: Reuters
Na conversa que terá com Gleisi Hoffmann às 10h desta terça-feira, no Instituto Lula, em São Paulo, Paulinho da Força vai cobrar um posicionamento do PT sobre quais tipos de aliança o partido fará para formar o palanque presidencial de Lula nestas eleições.
O presidente do Solidariedade reforça que o PT precisa mirar o futuro, formar uma “ampla frente partidária” e esquecer o passado (e aqueles que votaram no impeachment de Dilma Rousseff) se quiser vencer o principal adversário do pleito: Jair Bolsonaro. O entendimento é que o PT não vencerá só com o apoio da esquerda.
Por isso, a construção dessa frente prevê colocar líderes de partidos de centro no palanque em 7 de maio, data do lançamento da chapa Lula-Alckmin no Anhembi, em São Paulo. A aliança mira dissidentes do MDB, PDT, PSD, mesmo que esses ainda não possam manifestar apoio à Lula até esta data do ato.
O MDB, por exemplo, tem Simone Tebet como pré-candidata em um acordo com outros partidos que só será anunciado onze dias após o evento do PT-PSB. Já o PDT tem Ciro Gomes como pré-candidato da terceira via à Presidência e Gilberto Kassab insiste em não apoiar nenhum dos dois principais candidatos no primeiro turno das eleições.
Paulinho da Força, que foi vaiado em uma cerimônia com sindicalistas na semana passada e, por causa disso, cancelou o ato do Solidariedade em apoio ao PT previsto para 3 de maio, quer a garantia de Gleisi Hoffmann de que ninguém será hostilizado no lançamento da chapa Lula-Alckmin para poder atuar na construção dessa frente.