Doria está aceitando até ser vice, agora

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Foto: AFP

Pré-candidato a presidente nas eleições de 2022 pelo PSDB, João Doria falou sobre a construção da chamada terceira via e que aceitaria ser vice, diferentemente do que afirmou a senadora Simone Tebet (MDB). A declaração foi dada em sabatina UOL/Folha, conduzida pelo colunista do UOL Josias de Souza e a repórter da Folha Catia Seabra, com mediação da apresentadora Fabíola Cidral.

“Jantamos recentemente com Simone Tebet, Michel Temer e Baleia Rossi na residência de um amigo em comum. O diálogo é bom com ela. Tenho muito respeito por ela, mas quem tem conduzido esse processo é o Baleia Rossi [presidente do partido]. As conversas seguem bastante produtivas, mesmo com as declarações da senadora. Eu a respeito e mantenho esse diálogo”, disse Doria.

A senadora afirmou recentemente que não aceitaria ser candidata a vice-presidente. Doria mostrou outro ponto de vista.

“Temos que ter o bom entendimento de que a prioridade é o Brasil, não nós. Eu não me priorizo e nem excluo nenhuma alternativa. Não estou fazendo críticas contra a Simone Tebet, mas a prioridade é o Brasil e brasileiros”, disse o tucano.

Cada dia com sua agonia. Temos que fazer um exercício diário. Na política, é difícil fazer futurologia. E cada dia é uma eternidade. Precisamos seguir no exercício do diálogo. João Doria, pré-candidato do PSDB à Presidência

Com a federação feita com o Cidadania, ele chamou esse apoio de “inseparável”. Entretanto, ele opinou que, por ora, o União Brasil aparenta sair dessa aliança, apresentando uma candidatura própria, com Luciano Bivar, presidente do partido, na cabeça de chapa, o que tiraria desse grupo mais da metade da verba dos fundos eleitoral e partidário.

Doria defendeu diálogo até com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e partidos de esquerda: “Não há razão para não manter o diálogo aberto com o Lula, com o PT, com os partidos de esquerda”.

De acordo com as pesquisas eleitorais atuais, Lula disputaria o segundo turno com o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).

Sobre uma possível aliança com o petista, Doria respondeu: “Só nos regimes autoritários é que não há diálogo, há imposição. O Brasil precisa preservar a sua democracia”. Sobre apoio ainda no primeiro turno com o Lula, o ex-governador afirmou: “No ponto de vista eleitoral, não. No ponto de vista partidário, de respeito à democracia, sim”.

A sabatina UOL/Folha já foi realizada com a senadora Simone Tebet, pré-candidata presidencial pelo MDB, com Ciro Gomes, do PDT, com Vera Lúcia, do PSTU, e com Luiz Felipe d’Avila, do Novo.

Doria tem 2% de intenção de voto na mais recente pesquisa Datafolha, como André Janones (Avante). Luiz Felipe d’Avila (Novo) apresenta 1%, mesmo percentual de Simone Tebet (MDB) e Vera Lúcia (PSTU). Lula (PT) lidera, com 43%; Jair Bolsonaro (PL) vem em seguida, com 26%; Sergio Moro (União Brasil) tem 8%; e Ciro Gomes (PDT), 6%.

O deputado federal André Janones, que seria sabatinado na sexta, desistiu em cima da hora. O ex-presidente Lula (PT) e o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), não confirmaram participação.

Uol