Leite diz que vai respeitar as prévias do PSDB
Foto: Sérgio Lima
O ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), disse que a sua renúncia ao governo do Estado não significa que esteja se colocando como candidato à presidência da República. Falou que tem um papel nas eleições deste ano e está disposto a participar do processo político.
“Eu não estou me colocando na condição de um candidato a presidente. Eu fui conclamado até pelo meu partido e muitas outras forças que entendem que eu tenho um papel nesse processo. A renúncia me coloca à disposição para poder participar do processo político em diversas posições”, disse o gaúcho em entrevista à GloboNews, na noite de 3ª feira (4.abr.2022).
Leite foi superado pelo ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), nas prévias tucanas para o Planalto em novembro do ano passado. Depois disso, passou a dar indícios de que poderia sair candidato a presidente pelo PSD, de Gilberto Kassab. No entanto, com o apelo de representantes do PSDB, decidiu permanecer na sigla.
“Não tem tapetão, não tem qualquer outro tipo de tentativa de deslegitimação das prévias. O entendimento político é mais importante do que qualquer coisa, do que a formalidade das prévias ou da própria Convenção”, completou.
Quando questionado se considera viável unir partidos como o MDB, União Brasil e PSDB em torno de um único nome para concorrer ao cargo de presidente da República, Leite disse acreditar que “é possível”.
“Eu vejo esse mesmo sentimento na Simone Tebet [MDB], vejo esse sentimento no [Sergio] Moro [União Brasil] e vejo esse sentimento no governador João Doria também, agora ex-governador, tanto quanto eu. E é o meu sentimento.”
No dia 31 de março, aliados de Doria disseram que ele desistiria da pré-candidatura. Mas o tucano recuou e manteve seu nome na corrida presidencial.
No mesmo dia, Leite também oficializou a sua saída do governo do Rio Grande do Sul. Em seu discurso, disse que foi uma “decisão difícil” e se colocou como um “representante de uma nação”.