Linhas gerais da política econômica de Lula serão apresentadas neste mês
Foto: Zanone Fraissat-8.dez.2021/Folhapress
O PT pretende ter pronto um esboço de seu programa econômico para campanha de Luiz Inácio Lula da Silva até o final de abril. A partir daí, o documento receberá contribuições de aliados.
A Folha mostrou que o ex-presidente tem apresentado linhas genéricas de um futuro programa econômico em seus pronunciamentos, mas tem evitado acenos ao mercado financeiro como os feitos na corrida presidencial de 2002, quando assumiu compromissos claros com a estabilidade da economia antes da eleição.
“É preciso que a gente recupere a democracia, para que a gente possa colocar a desigualdade na ordem do dia como prioridade de um governo, e não colocar como prioridade o teto de gastos”, afirmou Lula em janeiro, durante uma entrevista a jornalistas de sites simpáticos à sua candidatura.
O núcleo petista participou da redação do “Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil” lançado pela Fundação Perseu Abramo na pandemia, em setembro de 2020. O documento propõe que o governo volte a assumir papel central na economia e aumente gastos para tirar o país da estagnação.
A coluna Mônica Bergamo mostrou que os meios empresariais começaram a ser apresentados nos últimos dias a um dos jovens economistas que passaram a integrar o time mais próximo de Lula e do PT: Gabriel Galípolo, que presidiu o Banco Fator de 2017 a 2021.
Na semana passada, Galípolo começou a emergir e assinou um artigo na Folha em parceria com o ex-prefeito Fernando Haddad, que é pré-candidato ao governo de SP pelo PT.
Os dois sustentaram que a criação de uma moeda sul-americana pode impulsionar o processo de integração regional e fortalecer a soberania monetária dos países da América do Sul.