Lula não quer se vincular a pedidos de doação eleitoral do PT
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Lula já bateu o martelo sobre quem comandará as finanças de suas campanha: o dirigente do partido Márcio Macedo. Ele já foi deputado federal em 2010 e escolhido como tesoureiro do partido em 2015, após o afastamento e prisão de João Vaccari Neto, na Lava-Jato.
O posto de tesoureiro da campanha presidencial de 2022 estava entre Macedo e o deputado estadual Emídio de Souza, que acabou integrando a coordenação da campanha de Fernando Haddad ao governo paulista. Souza atuará com o presidente do PT de São Paulo, Luiz Marinho, e o prefeito de Araraquara, Edinho Silva, na pleito estadual.
Quando é questionado sobre a função de tesoureiro da campanha presidencial, Macedo desconversa e diz que a equipe será anunciada depois que a chapa do PT for lançada.
Inicialmente, Lula não queria que o tesoureiro de sua campanha tivesse mandato de parlamentar e que disputasse as eleições em 2022. Isso pesou a favor da escolha de Macedo. Com a cassação de deputado federal Valdevan Noventa (PL-SE), porém, Macedo assumirá uma vaga na Câmara e pode se lançar à reeleição.
Parte do PT tem defendido que Lula faça uma grande campanha de arrecadação de recursos na internet. Mais do que o valor, lideranças do partido acreditam que a iniciativa ajudaria a engajar e comprometer o eleitor junto ao petista. O ex-presidente, no entanto, sinaliza a aliados que não gostaria de ver seu nome envolvido em arrecadações financeiras.