Marinha quer fabricar viagra
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O Comando da Marinha firmou um contrato com o EMS, o maior laboratório farmacêutico do Brasil, para a transferência de tecnologia de fabricação de comprimidos de citrato de sildenafila, o genérico do Viagra, usado no tratamento de hipertensão pulmonar arterial e também para disfunção erétil masculina.
Um levantamento do deputado Elias Vaz (PSB-GO) identificou o processo de transferência de tecnologia de fabricação nos anos de 2019, 2020, 2021 e 2022 e também a compra de 11,2 milhões de comprimidos também fabricados pelo EMS, ao preço de R$ 33 milhões.
Para esclarecer a necessidade de as Forças Armadas fabricar e comprar tamanho volume de um medicamento usado para uma doença rara que atinge mais mulheres que homens e, claro, também para disfunção erétil masculina, Elias Vaz vai convocar o general Paulo Sérgio Nogueira, ministro da Defesa, para explicações à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara.
O deputado quer que o ministro da Defesa explique “por que a Marinha está interessada em se tornar fabricante de Viagra, em qual estágio está a transferência de recursos para a fabricação e se o laboratório da Marinha já está apto a fabricar o medicamento”.
Há duas semanas, a colunista Bela Megale revelou que as Forças Armadas aprovaram a compra de 35 mil unidades do medicamento. À época, Jair Bolsonaro havia considerado não ser “nada” a quantidade adquirida.