Presidente do Senado rejeita fala de Bolsonaro sobre suspender eleições
Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
O presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), manifestou-se no Twitter, nesta quinta-feira (28/4), em defesa da Justiça Eleitoral e do sistema eletrônico de votação.
“As instituições e a sociedade podem ter convicção da normalidade do processo eleitoral. A Justiça Eleitoral é eficiente, e as urnas eletrônicas, confiáveis”, escreveu Pacheco. “Não tem cabimento levantar qualquer dúvida sobre as eleições no Brasil”, completou o senador.
A manifestação ocorre um dia após o presidente Jair Bolsonaro (PL) dizer que é preciso ter uma maneira para que se possa confiar no processo eleitoral brasileiro de urnas eletrônicas.
Não tem cabimento levantar qualquer dúvida sobre as eleições no Brasil. O Congresso Nacional é o guardião da democracia!
— Rodrigo Pacheco (@rpsenador) April 28, 2022
Durante evento intitulado de “Ato Cívico pela Liberdade de Expressão”, realizado na quarta-feira (27/4), no Palácio do Planalto, o mandatário da República disse que uma saída para garantir a lisura das eleições está nas sugestões apresentadas pelas Forças Armadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para ampliar a confiabilidade do processo eleitoral.
“Não precisamos do voto impresso para garantir a lisura das eleições, mas precisamos de ter uma maneira — e ali, nessas sugestões, existe essa maneira — para a gente confiar nas eleições”, afirmou Bolsonaro.
Em fevereiro deste ano, Bolsonaro já disse que as Forças Armadas são as “fiadoras” do processo eleitoral. Após o evento de ontem, ele afirmou que as Forças Armadas apresentaram sugestões ao TSE para uma espécie de apuração paralela.
“Como os dados vêm pela internet para cá e tem um cabo que alimenta a sala secreta do TSE, uma das sugestões é que, nesse mesmo duto que alimenta a sala secreta, seja feita uma ramificação um pouquinho à direita para que tenhamos do lado um computador das Forças Armadas, para contar os votos no Brasil”, disse.
O TSE já afirmou que não existe uma “sala secreta”. E a questão enviada pelo general Heber Garcia Portella, representante das Forças Armadas na Comissão de Transparência das Eleições, diz respeito às “medidas a serem tomadas em caso da constatação de irregularidades nas eleições”.