PSD pode lançar candidatura presidencial só para eleger mais parlamentares
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Há conversas dentro do PSD de que o próprio presidente do partido, Gilberto Kassab, possa se candidatar à presidência da República pela sigla. Na falta de um nome competitivo para a disputa, somado a pressão criada para definir um lado no cenário polarizado entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT), o Kassab estuda entrar no páreo para garantir votos aos pré-candidatos a deputados federais.
Após duas tentativas frustradas de lançar uma candidatura própria do PSD – primeiro com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, depois com Eduardo Leite (PSDB) – o presidente ficou sem saída para manter a estratégia inicial de garantir uma bancada forte para o Congresso. Essa semana, Kassab sinalizou, inclusive, em desistir do plano de lançar uma candidatura ao Planalto.
Uma das possibilidades, ainda em aberto, é que o presidente abra as bancadas do PSD para que a decisão de apoio nacional seja de cada governo. Dessa forma, a decisão da formação de palanque e espaço para tempo de TV ficam a critério dos pré-candidatos estaduais.
Kassab nunca escondeu que o objetivo principal para as eleições deste ano é emplacar um nome que seja puxador de votos para a eleição da Câmara dos Deputados. Afinal, uma quantidade razoável de deputados significa aumento de recursos dos fundos eleitoral e partidário, assim como mais autonomia nas discussões da Casa.
Após a janela partidária, o PSD ganhou mais 13 nomes na Câmara dos Deputados e fechou o período com 48 parlamentares, o que colocou o partido de Kassab entre as cinco maiores bancadas da Casa.
Além disso, Kassab conseguiu a façanha de fazer o número de filiados pelo Brasil crescer. Somente em Brasília, em evento na sede do PSD do Distrito Federal, houve 102 novas filiações ao partido.