Boulos denuncia “cortinas de fumaça” de Bolsonaro
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O pré-candidato ao Governo de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) afirmou neste domingo (8/5) que as eleições deste ano requerem “muita mobilização” e defendeu os governos anteriores do ex-presidente Lula (PT).
“Nós vamos ter que jogar com muita mobilização, com muita velocidade, com muita capacidade de resposta. É assim que vai ser o esquema de jogo dos dois lados nas eleições de 2022′, disse Boulos no próprio canal do Youtube.
O pré-candidato ao governo de São Paulo também alertou contra a “estratégia das cortinas de fumaça” do presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, os ataques recentes a instituições democráticas por parte de Bolsonaro têm a finalidade de desviar a atenção “do que realmente importa para a vida do povo”.
“O nosso desafio (…) é focar no alvo. É a gente falar das pautas que realmente importam. Nós temos que repetir como um mantra: é inflação, é desemprego, é fome, é desigualdade social. Isso é o que boa parte do povo brasileiro está vivendo”, disse Boulos.
Citando o ex-presidente Lula, o pré-candidato ao governo de São Paulo defendeu que o petista foi preso injustamente e impedido de concorrer nas eleições presidenciais de 2018. Ele exaltou a trajetória do ex-presidente, e afirmou que seu governo “terminou com quase 90% de aprovação”.
“A gente tem que ter em mente também que uma parte da população, principalmente os mais jovens, não tem essa memória”, disse Boulos. “Por isso é muito importante conectar esse imaginário e todas as realizações do governo Lula. Trazer à tona, reavivar a memória, com uma perspectiva de futuro”.
Boulos aproximou a sua imagem à de Lula recentemente. Seu partido, o PSOL, oficializou o apoio à chapa de Lula e Alckmin em 30 de abril. Ele usa agora a imagem do petista em sua campanha. Na última quinta-feira (5/5), o pré-candidato foi figura central na visita do ex-presidente à ocupação Vila Soma, em Sumaré (SP), que passa pelo processo para ser classificada como um bairro da cidade. Boulos é líder do MTST, que ocupa o local com mais de 10 mil famílias.
Guilherme Boulos defendeu que a recuperação econômica brasileira passa pela agricultura familiar, com a agroecologia, com cooperativas, com cozinhas solidárias, e com a criação de um novo modelo de desenvolvimento, com uma “agenda ambiental ousada”.
“Alguns desses temas foram debatidos nos últimos meses entre o PSOL e o PT, e foram parte do acordo entre esses dois partidos para o apoio ao Lula, selado na semana passada”.