Diplomata americano diz que Brasil sofrerá sanções se tiver golpe

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Foto: Reprodução

“Como cônsul-geral no Rio entre 2018 e 2021, testemunhei as formas como Bolsonaro e seus apoiadores tentaram sabotar a integridade do processo democrático brasileiro e suas, em geral, espetaculares instituições democráticas independentes — imprensa, ONGs, TSE, STF e o próprio sistema de votação. A intenção é clara e perigosa: minar a fé do público e preparar o palco para o esforço de recusar-se a aceitar seu resultado. Não tenha dúvida, Bolsonaro se enxerga como um enviado de Deus para salvar o Brasil do ‘comunismo’. É uma visão messiânica impermeável à razão (…) O sistema de votação eletrônico brasileiro é de primeira linha — rápido e confiável, com um histórico irretocável e nenhuma brecha para autoridades politicamente motivadas atrasarem a contagem enquanto votos para um candidato que perde são misteriosamente “descobertos”. É por isso, claro, que Bolsonaro o repudia (…) Os Estados Unidos deveriam deixar claro, de modo cristalino, ao presidente Bolsonaro que uma tentativa de interferir na integridade do processo eleitoral brasileiro será objeto de repúdio absoluto e de sanções punitivas a todos os envolvidos, impostas simultaneamente por um amplo grupo de países (…) A administração Biden deveria ser mais agressiva ao apoiar as instituições democráticas independentes do Brasil (…) Por ora, a comunidade diplomática afim deveria adotar atividades públicas similares que deixassem claro seu próprio compromisso com as instituições e valores democráticos (…) A hora para os Estados Unidos se manifestarem é agora, não quando uma crise estiver em curso ou depois dela.”

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