Diretores dispensados da PRF na verdade foram promovidos
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Os diretores da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Jean Coelho (diretor-executivo) e Allan da Mota Rebello (diretor de inteligência), dispensados de seus postos após o assassinato de Genivaldo de Jesus dos Santos por asfixia numa ação do órgão, já estavam com o futuro garantido. No dia 17 de maio, uma semana antes do ato de violência, os dois diretores da PRF já tinham sido designados para a função de oficial de ligação no Colégio Interamericano de Defesa, em Washington, nos Estados Unidos. O prazo da missão é de dois anos.
Documentos que integram o processo de designação dos servidores obtidos pela coluna mostram que o salário de quem exerece essa função está previsto em cerca de US$ 11 mil, além de mais US$ 3,7 mil de auxílio-moradia. O valor total equivale a mais de R$ 69 mil mensais.
Coelho e Rabello foram designados às funções em Washington pelo diretor-geral da PRF, Silvanei Vasques. Dentro da corporação, a nomeação para postos internacionais é vista como um “prêmio”. Ambos integravam a cúpula do órgão responsável pelos agentes que asfixiaram Genivaldo.
Os primeiros passos para a viagem foram dados. Documentos do processo indicam que cada servidor deve receber cerca de US$ 17 mil de auxílio-mudança. A partida de Jean Coelho para Washington está prevista para 10 de junho e a de Alan Rebello para o dia 9 do mesmo mês.
Procurado para falar sobre o caso, o Ministério da Justiça não respondeu aos questionamentos da coluna até o momento.