Finlândia desafia Rússia e entrará na Otan
Foto: Hanne Salonen / Eduskunta
O Parlamento da Finlândia aprovou, nesta terça-feira (17/5), a adesão do país à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), grupo militar liderado pelos Estados Unidos (EUA).
A decisão foi anunciada por Matti Vanhanen, porta-voz do Parlamento. De acordo com o gestor, foram 188 votos favoráveis e 8 contrários à entrada do país na Otan.
Também nesta terça, a Suécia assinou o pedido de adesão à Otan. O anúncio foi feito pela ministra das Relações Exteriores do país, Ann Linde. A candidatura deve ser enviada junto com a da Finlândia, nas próximas semanas.
A entrada dos países no grupo militar contraria os interesses da Rússia. Em discurso na segunda-feira (16/5), o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a expansão militar das duas nações exigirá reações do Kremlin.
De acordo com o líder russo, a ampliação do grupo militar está sendo utilizada pelos Estados Unidos de forma “agressiva” para agravar uma situação de segurança global que “já está dificultada”.
“A expansão da infraestrutura militar nesse território certamente demandará a nossa resposta. O que essa resposta será? Veremos quais ameaças serão criadas para nós. Os problemas estão sendo criados sem motivo algum. Vamos reagir em conformidade”, pontuou.
Mais cedo, na segunda-feira, o vice-ministro de Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Riabkov, afirmou que as candidaturas da Suécia e da Finlândia à Otan podem ser consideradas um “grave erro”. A adesão dos países à aliança militar ocorre em resposta à invasão russa contra a Ucrânia, que já dura cerca de três meses.
“É um grave erro cujas consequências podem ser consideráveis”, declarou a autoridade russa. Segundo Riabkov, a resposta do Kremlin dependerá das “consequências práticas da adesão” dos países nórdicos à organização.