Selvageria da PRF está chocando o mundo
Foto: Reprodução
A morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, asfixiado no porta-malas de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal transformada em câmara de gás em Sergipe, também ganhou grande repercussão na imprensa internacional.
Importantes agências de notícias e jornais americanos e europeus destacaram os protestos organizados em reação ao caso, fazendo menção ao assassinato de George Floyd, morto a golpe de mata-leão aplicado por um policial de Boston, e lembrando da operação de deixou mais de 20 mortos na Vila Cruzeiro, no Rio, também nesta semana.
O britânico The Guardian deu ênfase à onda de ‘ultraje’ que tomou o País após as imagens de Genivaldo no porta-malas da viatura da PRF viralizarem nas redes sociais, ainda lembrando que o assassinato de George Floyd ocorreu há dois anos. O jornal destacou como a morte ‘horrível’ chocou o País, onde a violência policial é ‘comum’ e afeta desproporcionalmente a população negra.
O Washington Post descreveu as cenas do vídeo que registrou a abordagem da PRF, indicando que pode-se ouvir os gritos de Genivaldo, assim como observar que suas pernas, presas na porta da viatura, se movem por um tempo e depois param. O jornal ainda recorda da operação policial que deixou mais de 20 pessoas mortas na Vila Cruzeiro, no Rio.
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Ao colocar o preso na mala da viatura os policiais deixaram apenas uma brecha para borrifar spray de pimenta fato que causou a morte do trabalhador por asfixia. pic.twitter.com/96N2U4bSP6
— Hermann Hoffman (@Hermann_bahia) May 25, 2022
A Agência de Notícias Reuters classificou a morte como ‘brutal’ e destacou que as imagens que circulam nas redes sociais são ‘chocantes’.
O espanhol El País diz que ‘qualquer brasileiro’ pode contestar a versão da Polícia Rodoviária Federal de que foram utilizadas ‘técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo para conter’ Genivaldo. O jornal ainda cita o fato de o presidente Jair Bolsonaro ter parabenizado a Polícia pela operação ‘sangrenta’ no Rio de Janeiro, mas ter ‘preferido não comentar’ o caso registrado em Sergipe até ter mais informações.