Sergio Reis abre a boca de novo
Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
“É dinheiro para o público, não é dinheiro público”, afirmou o cantor sertanejo Sérgio Reis ao se referir à contratação de shows de artistas sertanejos pelas prefeituras.
Em entrevista à “Folha de S.Paulo”, ele buscou diferenciar esse tipo de pagamento do modelo de captação de dinheiro via Lei Rouanet, que é criticada pelos apoiadores de Bolsonaro. “Uma prefeitura precisa levar lazer para o povo da cidade. Então, meu amigo, se tem uma festa, qual é o problema de ela ter artistas?”
Segundo a reportagem, as declarações vieram na esteira de um ataque do cantor sertanejo Zé Neto contra a cantora Anitta, na semana passada. Ele disse que não dependia da Lei Rouanet e que não precisava fazer uma “tatuagem no ‘toba’ para mostrar se a gente está bem ou mal”, em referência à tatuagem íntima da cantora.
Um dia antes de ofender Anitta, Zé Neto havia feito um show na cidade de Sorriso, cuja prefeitura pagou a ele um cache de R$ 400 mil, cerca de 130 vezes o teto do cachê atual permitido pela Rouanet.
“Das prefeituras a gente ganha. Com a prefeitura, é contrato, lógico. Você tem que dar o dossiê da sua empresa, dar nota fiscal, normal”, afirmou Reis, acrescentando que ao longo de suas seis décadas de carreira fez uso dessa estratégia. “O prefeito tem que levar alegria para o povo. O que é que há? O prefeito ajuda o comércio local. Uma festa gira dinheiro para o pipoqueiro, o pobre que vende algodão doce, a dona de casa que faz doce caseiro e vende na banquinha na festa”, declarou Reis, que ainda criticou a Lei Rouanet, segundo a “Folha”.