Agenda eleitoral de senadores esvazia força-tarefa para ir ao Amazonas
Foto: Agência Senado
A comissão externa do Senado criada para supervisionar a apuração do assassinato do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo enfrenta dificuldades na escolha de seus integrantes. Cinco parlamentares já se recusaram a participar do grupo, cuja composição deveria ter sido definida no prazo de 24h após sua aprovação, como determina o requerimento de Randolfe Rodrigues (Rede-AP), idealizador da iniciativa. Senadores têm justificado a recusa alegando compromissos eleitorais. Convidados, Izalci Lucas (PSDB-DF), pré-candidato ao governo do Distrito Federal, e Renan Calheiros (MDB-AL), que trabalha pela reeleição de Paulo Dantas em Alagoas, declinaram do convite, assim como Zenaide Maia (PROS-RN), Paulo Paim (PT-RS) e Soraya Thronicke (União-MS).
O grupo de nove senadores tem só oito nomes definidos. Randolfe convocou uma reunião informal ontem para discutir detalhes da viagem e tentar resolver o impasse, mas não obteve sucesso. Além da Comissão de Direitos Humanos, as de Constituição e Justiça e de Meio Ambiente fazem três indicações, cada uma.
A falta de opções fez com que Eliziane Gama (Cidadania-MA) e Fabiano Contarato (PT-ES), dispostos a viajar ao local do crime, aparecessem nas listas de duas comissões.
Joênia Wapichana, deputada federal (Rede-RR)
“O desaparecimento de Dom e Bruno não é caso isolado. Há ausência do Estado naquela região, onde tem garimpo por falta de uma política de proteção eficaz.”