Bolsonaro e Pacheco se afastaram
Foto: Dida Sampaio/Estadão
Jair Bolsonaro e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não trocam uma palavra há mais de um mês. A última vez foi em 26 de abril, num evento de prefeitos em Brasília. Quando precisa tratar de temas de votações relevantes, Pacheco fala com Paulo Guedes e Ciro Nogueira. Governistas creem que Pacheco “senta em cima” de propostas que poderiam ajudar o presidente a melhorar sua imagem eleitoral, como a reforma do IR e o teto do ICMS de gasolina e luz. A aliados, Pacheco diz que não é má vontade, mas não crê em impacto real para o consumidor. Na terça, em um almoço no Planalto para falar sobre como os Poderes podem ajudar a conter a inflação, só Arthur Lira (PP-AL) foi convidado. Pacheco foi excluído.
As divergências não param por aí. Pacheco também já firmou opinião sobre o novo Refis. Para ele, o programa de refinanciamento de dívidas com o Fisco “não pode ser só para um grupo” e tem de valer tanto para pessoas físicas quanto para empresas. Arthur Lira quer restringir o benefício às empresas.