Bolsonaro quer ser visto como criador do novo Bolsa Família
Foto: EVARISTO SA/AFP
O presidente Jair Bolsonaro não se conforma com duas percepções sobre o Auxílio Brasil. A primeira, captada em pesquisas internas de sua campanha, mostra que a população não associa o benefício ao seu governo, mas a prefeituras e políticos locais. A segunda é com a noção das pessoas de que houve uma redução no valor dos benefícios, dos R$ 600 pagos no Auxílio Emergencial para os atuais R$ 400. A comparação, queixam-se bolsonaristas, não é feita com o antigo Bolsa Família, criado pelo PT, e que pagava metade desse valor. Nos próximos dias, a campanha do presidente planeja um movimento casado com a troca dos cartões do Bolsa Família para os do Auxílio Brasil com novas propagandas na TV.
O intuito é mostrar que, além do novo nome e valor, o Auxílio Brasil tem outras diferenças, como prazo para quem fica desempregado continuar recebendo. A ideia também é reforçar que o auxílio é federal.
Uma das falhas identificadas é que o governo optou por não investir em publicidade, alegando que eram gastos desnecessários. Hoje, bolsonaristas creem que isso atrapalhou até a execução dos programas, porque as pessoas não sabiam da sua existência.