Ciro imputa crime às Forças Armadas e é denunciado criminalmente

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Foto: Mathilde Missioneiro – 22.fev.22/Folhapress

O Ministério da Defesa e as Forças Armadas apresentam à PGR (Procuradoria-Geral da República) uma notícia-crime contra o pré-candidato do PDT à presidência, Ciro Gomes.

Em nota conjunta, em que anunciam a medida, as instituições criticam o que chamaram de “irresponsáveis declarações”.

Na última terça-feira (21), em uma entrevista à rádio CBN, Ciro disse que as Forças Armadas são coniventes com os crimes ocorridos na região da Amazônia. Segundo o político, o narcotráfico é claramente protegido por autoridades brasileiras.

“Bolsonaro destruiu as raríssimas bases de comando e controle: ele desmontou o ICMBio, desmontou a Funai, desmontou o Ibama, destruiu a capacidade operacional das Forças Armadas, que não têm efeito, verba, tecnologia para administrar a imensa faixa de fronteira seca”, falou em entrevista à rádio CBN.

“E isso acabou transformando o território nessa holding do crime, claramente protegida por autoridades brasileiras, inclusive das Forças Armadas”, disse Ciro Gomes. .

As afirmações, segundo a pasta, “afetam gravemente a reputação e a dignidade” das instituições. As duas instituições afirmaram que “muito se orgulham” de trabalhar pela defesa e proteção da região e no “combate a ilícitos ambientais e transfronteiriços”.

“Não é admissível, em um estado democrático, que sejam feitas acusações infundadas de crime, sem a necessária identificação da autoria por parte do acusador e sem a devida apresentação de provas, ainda mais quando dirigidas a Instituições perenes do Estado brasileiro”, diz a nota.

O pedido de investigação enviado à PGR fala nos supostos crimes de “incitar, publicamente, animosidade entre as Forças Armadas, ou delas contra os poderes constitucionais, as instituições civis ou a sociedade” e “propalar fatos, que sabe inverídicos, capazes de ofender a dignidade ou abalar o crédito das Forças Armadas ou a confiança que estas merecem do público”.

O UOL procurou Ciro Gomes por meio de sua assessoria de imprensa para comentar o caso. Assim que houver retorno, essa nota será atualizada.

Folha