Dispara o gasto de parlamentares com combustíveis

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Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Enquanto discute alternativas para baratear os preços de gasolina, diesel e etanol, a Câmara dos Deputados tem aumento considerável nos gastos das cotas parlamentares apenas com combustíveis. Somente no período de janeiro a junho de 2022, os deputados desembolsaram R$ 8.663.898 para abastecer carros oficiais e veículos alugados.

Já é a maior despesa do tipo contabilizada pela Casa Legislativa em um primeiro semestre, em comparação aos últimos quatro anos (2019 a 2022). A tendência, porém, é de que esse número suba ainda mais.

O levantamento feito pelo Metrópoles com dados do Portal da Transparência da Câmara dos Deputados calcula as despesas realizadas de janeiro ao presente momento, a uma semana do fim de junho. Além disso, os parlamentares dispõem do prazo de 90 dias para apresentar documentos comprobatórios dos valores.

Para se ter uma ideia, o uso da cota parlamentar exclusivamente para abastecimento de automóveis já é 28% – em torno de R$ 2 milhões – mais alto do que o montante referente ao mesmo período do ano passado, sem considerar o mês de junho por encerrado.

O gasto está, inclusive, acima da inflação contabilizada entre janeiro de 2021 e maio deste ano – o que significa que, além do aumento no valor médio dos combustíveis, houve ampliação do consumo por parte dos deputados.

Enquanto discute alternativas para baratear os preços de gasolina, diesel e etanol, a Câmara dos Deputados tem aumento considerável nos gastos das cotas parlamentares apenas com combustíveis. Somente no período de janeiro a junho de 2022, os deputados desembolsaram R$ 8.663.898 para abastecer carros oficiais e veículos alugados.

Já é a maior despesa do tipo contabilizada pela Casa Legislativa em um primeiro semestre, em comparação aos últimos quatro anos (2019 a 2022). A tendência, porém, é de que esse número suba ainda mais.

O levantamento feito pelo Metrópoles com dados do Portal da Transparência da Câmara dos Deputados calcula as despesas realizadas de janeiro ao presente momento, a uma semana do fim de junho. Além disso, os parlamentares dispõem do prazo de 90 dias para apresentar documentos comprobatórios dos valores.

Para se ter uma ideia, o uso da cota parlamentar exclusivamente para abastecimento de automóveis já é 28% – em torno de R$ 2 milhões – mais alto do que o montante referente ao mesmo período do ano passado, sem considerar o mês de junho por encerrado.

O gasto está, inclusive, acima da inflação contabilizada entre janeiro de 2021 e maio deste ano – o que significa que, além do aumento no valor médio dos combustíveis, houve ampliação do consumo por parte dos deputados.

Mesmo assim, o gasto com abastecimentos registrado até o momento já superou os níveis pré-pandêmicos. Em 2019, por exemplo, levando em conta os seis primeiros meses do ano, foram despendidos R$ 8.029.140,74 da cota parlamentar apenas com combustíveis. Na prática, portanto, o ano de 2022 custou aos cofres públicos R$ 630 mil a mais do que o contabilizado há três anos.

No primeiro semestre deste ano, o deputado José Airton Félix Cirilo (PT-CE) foi o parlamentar que mais gastou dinheiro da cota. No período, o petista registrou despesa mensal de R$ 6 mil, totalizando R$ 36 mil. Na sequência, está o deputado João Carlos Bacelar (PL-BA), que despendeu R$ 35.982,68 da cota nos seis primeiros meses.

Além de Bacelar, outros quatro parlamentares da bancada da Bahia também figuram entre os dez mais “gastões” da Câmara; são eles: José Rocha (União); Charles Fernandes (PSD); Marcelo Nilo (Republicanos-BA); e Arthur Oliveira Maia (União).

Em seguida, aparecem a deputada Marcivânia (PCdoB-AP) e os deputados Lucio Mosquini (MDB-RO), Marcos Soares (União-RJ) e Euclydes Pettersen (PSC-MG). Todos da lista tiveram gastos entre R$ 36 mil e R$ 35 mil.

O Metrópoles procurou o gabinete de todos os deputados citados, para que pudessem comentar os gastos, mas não obteve retorno até a última atualização da matéria. O espaço permanece aberto para manifestações.

Metrópoles