Ex-ministra da agricultura não será mais vice de Bolsonaro
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters
A chance de a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina assumir o posto de vice de Bolsonaro é cada vez menor. Membros do Centrão que fazem parte da campanha estão convencidos de que o presidente não fará nenhum gesto para convidar a ex-ministra para o posto. A cúpula do PL já começou a planejar a convenção do partido para bater o martelo no nome do general Braga Netto como vice. A ideia é realizar o evento em 22 de julho.
O centrão e integrantes do governo viram a ida do militar com Bolsonaro a um jantar em homenagem ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes como sinal claro da preferência de Bolsonaro por Braga Netto. O evento contou várias autoridades e foi realizado na casa do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Além disso, Braga Netto é o principal elo entre Bolsonaro e os militares, que passaram atuaram como aliados do presidente no questionamento das urnas.
Desde que a cúpula da campanha deu início à ofensiva pelo nome de Tereza Cristina, o general reagiu. Braga Netto passou a opinar diretamente em estratégias da campanha, se tornou mais assíduo em conversas sobre o tema e também tem se colocado à disposição para fazer agendas. Por outro lado, a ex-ministra mostra preferência por seguir com o plano de se candidatar ao Senado pelo Mato Grosso do Sul.
Como a coluna informou, a campanha de Bolsonaro defendia a necessidade de apresentar um “fato novo” na tentativa de virar a página da agenda negativa que tem rodeado o presidente no último mês. O lançamento de Tereza Cristina era apontado como essa opção. Com a decisão do governo de aumentar de R$ 400 para R$ 600 o Auxílio Brasil, a estratégia mudou. O plano é concentrar força nisso e no “pix caminhoneiro” de R$ 1 mil para focar no tema que mais atrapalha Bolsonaro, a economia.