Lira quer ajudar Bolsonaro a aparelhar o TCU
Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
A dois meses do fim do mandato de Ana Arraes como ministra do Tribunal de Contas da União, Arthur Lira intensificou a costura para tentar fazer o sucessor na Corte.
A tendência no entorno do presidente da Câmara é de que ele indique, até meados de junho, Jhonatan de Jesus, do Republicanos, como seu candidato, ainda antes do recesso branco parlamentar.
Lira tem argumentado que quer decidir sobre a indicação não só antes do recesso, mas também da campanha para as eleições gerais, quando a Câmara deve ficar esvaziada.
A indicação para a cadeira do TCU era esperada para março deste ano, mas acabou atrasando devido ao impasse na quantidade de candidaturas.
Além de Jhonatan de Jesus, postulam como candidatos avulsos Hugo Leal, do PSD, Soraya Santos, do PL, e Fabinho Ramalho, do MDB. Todos resistem a abrir mão da candidatura e afirmam ter apoio dos seus partidos. O Republicanos conta com 43 deputado; o PSD, 47; o PL, 77 e o MDB, 37. Para se eleger, no entanto, o candidato precisa de pelo menos 257 votos.
No entorno de Lira, há um temor de que o presidente não consiga eleger Jhonatan de Jesus caso a eleição fique pulverizada com os quatro nomes.
Fabinho Ramalho, que há pelo menos um mês leva semanalmente caixas de quibes para distribuir aos deputados no plenário da Câmara, diz ter apoio no baixo clero, como são chamados os deputados menos expressivos no Congresso.
A disputa ao posto do TCU passa pela reeleição de Lira à presidência da Câmara, que precisará do apoio dos partidos do Centrão para se manter no comando da Casa.