Lula diz que redução de ICMS não vai baratear combustíveis

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Foto: Reprodução

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta quarta-feira (8/6), a medida anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para reduzir a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis. Para Lula, o aumento dos preços foi causado por “uma canetada”, e pode ser resolvido por outra.

“Parece bonito, parece bom, parece que o governo está preocupado com o povo brasileiro”, comentou Lula em entrevista à Rádio Itatiaia do Vale do Aço. “O aumento nos preços foi causado por uma canetada do Pedro Parente, do presidente da Petrobras. Se para aumentar foi uma canetada, para tirar também tem que ser numa canetada”, completou.

Na segunda-feira (6/6), Bolsonaro anunciou que está disposto a ressarcir aos estados a perda de arrecadação causada pelo congelamento do ICMS desde o final do ano passado. Porém, o presidente condicionou a ajuda à redução a zero do ICMS para o diesel e para o gás de cozinha.

Para Lula, porém, essa decisão vai prejudicar toda a sociedade. “Ao mexer no ICMS, os municípios vão perder dinheiro, a educação vai perder dinheiro, a saúde vai perder dinheiro. O presidente vai jogar o peso da culpa em toda a sociedade brasileira. Ele vai fazer a compensação até dezembro. Depois de dezembro, eu quero saber quem vai arcar com a perda de arrecadação”, afirmou.

De acordo com o ex-presidente, Bolsonaro está jogando a culpa do aumento de preços para os governadores dos estados, quando a responsabilidade seria do chefe do Executivo nacional. Lula disse ainda que Bolsonaro “tem o rabo preso” em relação às empresas que atualmente importam gasolina.

“Todos os presidentes da história do país brigaram pela auto-suficiência do petróleo no Brasil. O Brasil hoje está refinando apenas 80% do combustível que precisamos. É preciso refinar mais, para que a gente seja efetivamente auto-suficiente”, disse Lula. “Essa briga toda do Bolsonaro em relação ao ICMS não vai chegar na bomba da gasolina, do diesel e do gás”.

Correio Braziliense