Lula faz proposta para diminuir desemprego
Foto: Sérgio Lima
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato à Presidência da República pelo PT, defendeu nesta 5ª feira (2.jun.2022) que o fortalecimento das cooperativas pode ser uma das soluções para criar empregos no país. Para o petista, as regras trabalhistas para o setor, no entanto, precisam ser diferenciadas para viabilizar o trabalho desses grupos.
“Quem sabe não é um momento extraordinário para a gente colocar a questão do cooperativismo na ordem do dia nos nossos discursos. Nesse momento em que precisamos dar respostas para trabalhadores desalentados, que tem muita gente que não procura mais emprego porque está desalentado, que não tem perspectiva e aceitam qualquer tipo de salário porque precisam levar o pão para casa”, disse o petista.
Lula participou de um encontro com cooperativas e movimentos sociais em Porto Alegre (RS) nesta 5ª feira (2.jun). Os grupos entregaram sugestões sobre o cooperativismo a serem incorporadas ao programa de governo e pediram que o tema seja central em uma eventual nova gestão do petista. Ele recebeu cestas com produtos da agricultura familiar, vinhos e artesanatos de cooperativas do Rio Grande do Sul.
Também participaram do encontro a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-ministro e coordenador do programa de governo Aloizio Mercadante, o ex-governador e vice na chapa presidencial Geraldo Alckmin (PSB), o ex-governador Olívio Dutra (PT), o presidente do Psol, Juliano Medeiros, e a socióloga e mulher de Lula, Rosângela Silva, conhecida como Janja.
Em um discurso focado na questão da geração de empregos, Lula repetiu que, se eleito, fará mudanças na legislação trabalhista e defendeu que haja regras diferentes para cooperativas e empreendedores.
“Na questão da legislação trabalhista, vamos mudar muita coisa que eles fizeram, mas a gente não pode dar as mesmas condições de uma cooperativa de 10 empregados pagar as mesmas obrigações sociais que uma multinacional. É preciso que haja uma diferenciação se não as pessoas não conseguem se organizar”, disse.
O petista defendeu ainda que os governos atuem como indutores das políticas de geração de emprego. “O papel do Estado não é se meter, não é ficar dando palpite. O papel do Estado é como se fosse o paizão, que fica lá vendo se seus filhos estão trabalhando, mas se der problema, vamos ajudar”, disse.