Cabo Daciolo e Ciro: a aliança perfeita
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Conhecido pelo comportamento excêntrico, Cabo Daciolo custou até se filiar ao PDT, em abril, prometendo concorrer ao Senado. Antes, buscava novamente concorrer a presidente, como fez em 2018. Depois de tentativas frustradas no PMB e no PROS, acabou estacionando nas fileiras de Ciro Gomes. Resolveu tentar ser senador, diante de pedetistas satisfeitos com seu desempenho em pesquisas.
Agora, no entanto, a empreitada está em risco.
A vaga que estava próxima de ser concedida a Daciolo na chapa de Rodrigo Neves ao governo fluminense, pelo PDT, está em discussão. Com a aliança recém-oficializada junto ao PSD de Eduardo Paes e Felipe Santa Cruz, ex-presidente da OAB e agora vice de Neves, está em discussão apoios a outros postulantes a senador.
Entre eles, André Ceciliano (PT) e Alessandro Molon (PSB). Daciolo, no entanto, tem um ativo relevante a seu favor: a proximidade que adquiriu nos últimos meses em relação a Ciro.
Quadros mais antigos do PDT têm se surpreendido com a relação construída entre o presidenciável e o ex-deputado federal. Contam que, mesmo antes de se tornarem colegas de partido, Ciro vinha estreitando laços com Daciolo desde o ano passado. Em dezembro, quando o ex-ministro foi alvo de busca e apreensão numa operação da Polícia Federal, o ex-bombeiro militar foi um de seus defensores mais enfáticos nas redes sociais.
Resta saber se a gratidão e a afinidade serão suficientes para mantê-los na mesma chapa diante dos eleitores do Rio, a despeito de costuras partidárias. Caso contrário, o destino mais provável de Daciolo é na corrida por uma vaga na Câmara.