Ciro Gomes finge que acredita na vitória
Foto: Fábio Vieira/Metrópoles
Nas três vezes anteriores em que concorreu, Ciro, pelo menos, foi o candidato mais votado no seu Estado, o Ceará. Desta vez, arrisca-se a ser derrotado ali por Lula, e briga com a própria família.
PDT e PT eram aliados. A aliança foi rompida por Ciro com o lançamento da candidatura ao governo de Roberto Cláudio (PDT), ex-prefeito de Fortaleza. Dois dos seus irmãos foram contra.
Ivo Gomes, prefeito de Sobral, e Cid, senador, faltaram ao evento para marcar sua discordância. No caso de Cid, ele nem mesmo foi ao lançamento da candidatura de Ciro em Brasília.
Os dois apoiavam a candidatura à reeleição da atual governadora Izolda Cela (PDT), que sucedeu a Camilo Santana (PT), de quem era vice. Santana é candidato ao Senado.
O candidato do PT ao governo deverá ser Elmano de Freitas, deputado, apoiado por Santana, e que terá como vice um nome indicado pelo MDB de Eunício Oliveira, inimigo de Ciro.
O divórcio entre o PDT e o PT favorece a candidatura ao governo do Capitão Wagner (União Brasil), apoiado por Bolsonaro, mas que tenta não se colar muito em Bolsonaro com medo de perder.
Lula está à procura do senador Tasso Jereissati, dono do PSDB cearense, interessado em duas coisas: em um vice do seu partido para Elmano, e no apoio de Jereissati a ele mesmo, Lula.
Simone ainda não perdeu a esperança de contar com Jereissati como seu candidato a vice, mas está ficando difícil. O PSDB nacional, que a apoiaria, caminha para não a apoiar oficialmente.
Jereissati perdeu a fé nas chances de Simone crescer nas pesquisas eleitorais. O PSDB esperava que o MDB de Simone apoiasse seu candidato ao governo do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
E, até agora, o apoio que era bom não teve. O MDB está fazendo Simone de boba. Uma parte do MDB apoia Lula, outra parte, Bolsonaro, sobra pouca coisa para Simone.