FGV estuda teor dos tuites sobre assassinato de petista
Foto: Paulo Lisboa/Folhapress
Perfis ligados à direita bolsonarista responderam por metade das interações no Twitter no fim de semana de 9 e 10 de julho, que foi dominado pelo assassinato de um militante petista por um apoiador do presidente em Foz do Iguaçu (PR).
Segundo levantamento da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV DAPP), houve 1,42 milhão de tuítes sobre o tema no período.
Destas interações, 50,77% vieram da direita, embora os perfis responsáveis pelos tuítes respondam por uma fatia um pouco menor do total, ou 38,39%.
Este universo, segundo o levantamento, conta com políticos de direita, jornalistas e influenciadores digitais conservadores, liderados pelo perfil @jairbolsonaro. O grupo disseminou mensagem do presidente brasileiro rechaçando o crime, além de imagens e vídeos da sua participação na Marcha para Jesus, em São Paulo (SP), no dia 9.
Na esquerda, houve 40,59% das interações, produzidas por 43,96% dos perfis. O grupo formado por políticos de esquerda, artistas e jornalistas aponta que seria próprio do movimento bolsonarista a exaltação da intolerância e da morte.
Houve ainda 1,61% das interações de influenciadores anti-Bolsonaro, que responderam por 4,06% dos perfis. As mensagens associam os eleitores do atual presidente a um perfil violento.
Por fim, a terceira via também se fez presente no debate, embora de modo mais restrito. Com 7,36% dos perfis e 5,30% das interações, o grupo é composto por canais de mídia alternativa, jornalistas e influenciadores digitais.
Este segmento repercutiu tanto o crime em Foz do Iguaçu quanto o discurso de Lula, em Diadema, em que elogiou um militante que agrediu um empresário.