Imprensa internacional vê crime político no Brasil

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Foto: Christian Rizzi/AFP

Veículos da imprensa internacional repercutiram o assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, morto no último sábado, 9, em sua festa de aniversário, que era temática do Partido dos Trabalhadores (PT), legenda à qual ele era filiado. O autor do crime foi Jorge Guaranho, um agente penitenciário federal bolsonarista. O homicídio foi noticiado por jornais dos Estados Unidos, Argentina, França, Espanha, entre outros.

O “The New York Post” deu destaque ao fato de Arruda ser filiado ao PT, sugerindo que o crime pode ter ocorrido por motivação política. A publicação contextualiza a polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) no País e lembrou que o chefe do Executivo constantemente lança dúvidas sobre a lisura do processo eleitoral, alegando que pode haver fraude. “O ataque a tiros ocorre meses antes da eleição presidencial do Brasil em outubro. A violência é um sinal da crescente polarização política entre os dois principais partidos do País”, diz o jornal.

 

O espanhol El País noticiou que um dirigente do PT foi morto “pelas mãos de um bolsonarista”, também ressaltando a polarização em curso no País. A publicação afirma que o episódio ocorreu em meio a uma “escalada de tensões na pré-campanha eleitoral do Brasil”, e relembra outros acontecimentos recentes de intolerância política, como o líquido malcheiroso despejado sobre apoiadores do ex-presidente Lula em um evento em Uberlândia.

O argentino La Nacion relacionou o ocorrido com a política de flexibilização do porte de armas pelo governo de Jair Bolsonaro e lembrou que houve uma manifestação, no último sábado, de um grupo pró-armas em Brasília, da qual o deputado federal Eduardo Bolsonaro (União Brasil-SP) participou.

 

O Le Figaro, da França, também contextualizou o debate sobre a ampliação do acesso às armas de fogo no Brasil. O jornal afirmou que o presidente Bolsonaro defende que o porte seja facilitado. Já o Le Parisien, também francês, destacou que o ex-presidente Lula atribuiu o ocorrido ao “discurso de ódio” supostamente promovido pelo chefe do Planalto.

 

Estadão