Lula e Bolsonaro voltam a fazer comícios próximos

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Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vão participar de eventos de pré-campanha hoje na Grande São Paulo. Enquanto Bolsonaro marcha com evangélicos na capital, Lula fará um ato com foco na disputa regional no ABC. Esta é a segunda vez em uma semana que os dois fazem eventos na mesma região, no mesmo dia —no sábado passado (2), eles estiveram em atos de Salvador. Diferentemente do que aconteceu na última vez, quando ambos participaram de grandes atos simultâneos e havia receio de comparação, agora os dois deverão se voltar a seus públicos.

A agenda também quase coincidiu no Rio —Lula participou de um ato na Cinelândia, na noite de quinta (7) e Bolsonaro foi à formatura de paraquedistas na capital fluminense na sexta (8). A Marcha para Jesus de São Paulo, maior evento evangélico do país, volta a ser presencial após dois anos de pandemia de covid-19. É tradicional que políticos participem, especialmente em ano eleitoral, mas o evento tem sido cada vez mais ligado ao bolsonarismo — o próprio Bolsonaro participa desde 2018, quando era candidato à presidência.

No último mês, o presidente esteve em eventos semelhantes no Amazonas, no Rio de Janeiro e em Santa Catarina. Além de Bolsonaro, é esperada a presença de outros políticos conservadores e pré-candidatos, como o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), postulante ao governo paulista, e a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).

O cortejo sairá da estação de metrô da Luz, no centro da capital, às 10h, em direção à Praça Heróis da Força Expedicionária Brasileira, à frente do Campo de Marte, na zona norte, em um trajeto de cerca de 4 km. Neste ano, haverá 12 trios elétricos com diferentes atrações de música gospel e lideranças evangélicas.

Já Lula fará um ato em Diadema para consolidar a chapa do ex-ministro Fernando Haddad (PT) ao governo de São Paulo. Com a desistência, ontem (8), do ex-governador Márcio França (PSB) ao pleito, a expectativa é que ele seja alçado ao Senado no evento, com a presença dos outros partidos que compõe a chapa.

Bolsonaro e Lula em SP - Arte/UOL - Arte/UOL

A definição de apenas um palanque no maior colégio eleitoral do país é algo que vinha incomodando o ex-presidente, que tentava, junto ao ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), resolver a questão. Espera-se que os quatro —Lula, Haddad, Alckmin e França— estejam no palco junto a lideranças do PSOL, Rede, PCdoB e Solidariedade. Lula ganhou projeção como sindicalista no ABC durante o regime militar.

O evento de hoje ocorrerá na Praça da Moça, um dos pontos centrais de Diadema, mas não será aberto. Para entrar, é preciso fazer cadastro e passar por um esquema de segurança com detector de metal e revista.

A campanha de Lula sofreu ataques recentes, ainda que o esquema de segurança tenha sido reforçado. No centro do Rio, uma garrafa de plástico com explosivos e fezes foi lançada para dentro das grades. Ninguém ficou ferido. Um homem foi preso.

Os dois estiveram na mesma cidade no último sábado, nas festas de independência da Bahia, porém igualmente em eventos totalmente separados. O ex-presidente escolheu o cortejo tradicional de 2 de Julho na Bahia para fazer sua estreia de caminhada na rua, pela manhã, junto a aliados.

Ele andou por cerca de uma hora pelo centro de Salvador. Depois da caminhada e uma pausa para almoço, o grupo foi ao estacionamento da Arena Fonte Nova para um evento a céu aberto, mas com credenciamento de público, como deverá ser o de Diadema.

Lula tem rodado o país promovendo esse tipo de evento, com reforço das chapas locais. Já Bolsonaro decidiu recorrer a uma motociata com apoiadores, marca da pré-campanha. Ele chegou ao Farol da Barra por volta das 9h30 e partiu pela orla soteropolitana às 10h, com o ex-ministro da Cidadania João Roma (PL), seu pré-candidato ao governo do estado, na garupa.

Ele rodou 13 km rumo ao Parque dos Ventos, por pouco mais de 1h e discursou em um trio no local. Ele falou sobre a alta de combustíveis e criticou “os governadores do Nordeste”, em sua maioria apoiadores de Lula.

Uol