Lupi quer punir candidato a governador que “lulou”
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Filiados e militantes do diretório municipal do PDT no Rio de Janeiro foram orientados a interromper, pelo menos até segunda-feira, os esforços na capital pela pré-candidatura de Rodrigo Neves ao governo do estado.
A ordem foi comunicada mencionando o respaldo de Carlos Lupi, presidente do partido, e foi repassada a membros do diretório carioca na manhã desta quarta-feira, após votação entre a executiva local na noite anterior.
A razão é a insistência do ex-prefeito de Niterói em se aproximar de Lula, apesar de Ciro Gomes ser o nome indicado pelo PDT ao Palácio do Planalto.
A justificativa dos filiados para suspender a mobilização a favor de Neves foi o ato em prol do “Movimento Lula-Neves”, do qual ele participou, na segunda, na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), na capital do estado.
Com adesão de políticos da esquerda, o evento visava promover uma aliança “informal” entre os pré-candidatos pedetista e petista, a despeito das formalidades políticas.
Enquanto Lula já indicou que irá apoiar Marcelo Freixo para o Executivo do Rio, Neves tem a obrigação partidária de pedir votos a favor do correligionário Ciro. Ainda assim, sinaliza com a possibilidade de um segundo palanque para o ex-presidente.
Apesar da celeuma, Ciro e Neves têm previsão de agenda conjunta ainda este mês.
O PDT carioca entendeu que o episódio repercutiu negativamente para a sigla e, por isso, determinou que não haja novas iniciativas em prol de Neves até a reunião da executiva estadual no Rio, daqui a cinco dias. No sábado, um evento da pré-candidatura será realizado sem o endosso dos integrantes da legenda na capital.