Pesquisa mostra forte rejeição a Ciro Gomes
Foto: Leo Martins / Agencia O Globo
Em ano eleitoral, a pesquisa anual “A cara da democracia” explorou opiniões da população brasileira sobre alguns dos postulantes à Presidência do Brasil. Dentre eles, a sondagem questionou os entrevistados sobre o quanto gostam ou não do pré-candidato Ciro Gomes (PDT). E enquanto mais da metade das pessoas se posicionou no campo do “não gostar” do ex-ministro, 36% disseram não gostar de pedetista ‘de jeito nenhum’.
A pesquisa sondou a avaliação em uma escala de 1 (“não gosto de jeito nenhum”) a 10 (“gosto muito”). Ciro, que até julho tem sido o candidato mais bem colocado fora de uma disputa antecipada entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), despertou reações contrárias em 53% — ou seja, somados aqueles que responderam 1, 2 ou 3. Dentre todas as opções a 1 foi a mais lembrada pelos entrevistados.
Nas avaliações positivas, Ciro acumulou 10% de apoios quando somadas as faixas 8, 9 e 10. Os que disseram gostar muito do pedetista foram 3%. E, dentre avaliações mais neutras (4 a 7), estão 30%.
Em 2022, Ciro chega a sua quarta candidatura presidencial. Após ter sido ultrapassado na corrida ao primeiro turno em 2018 por Fernando Haddad — lançado por Lula diante da então inelegibilidade do hoje candidato petista —, o pedetista hoje tem apostado em uma estratégia de enfrentamento aberto aos dois líderes nas pesquisas. Embora Ciro venha se saindo com desempenho acima de candidatos associados à chamada terceira via, o PDT tem tido dificuldades de fechar palanques estaduais e acordos com outros potenciais postulantes ao Planalto, podendo ter de lançar uma chapa puro-sangue para a campanha presidencial. No entanto, seus apoiadores podem ser determinantes na reta final.
A pesquisa “A cara da democracia” foi feita pelo Instituto da Democracia (INCT/IDDC), com 2.538 entrevistas presenciais em 201 cidades no mês de junho. A margem de erro total é de 1,9 ponto percentual, e o índice de confiança é de 95%. A pesquisa reúne as universidades UFMG, Unicamp, UnB e Uerj, com financiamento de CNPq e Fapemig, e está registrada no TSE (BR-08051/2022).