
Analistas veem prejuízo a Bolsonaro no JN
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Defendida e celebrada pela maior parte dos membros de sua campanha, pelo menos em público, a entrevista de Bolsonaro ao Jornal Nacional na noite de ontem também teve sabor de derrota. Isso porque o presidente não atingiu aquele que era o seu principal objetivo: conseguir novos votos.
Bolsonaro tentou se mostrar mais moderado sobre o Judiciário e disse, em referência à sua relação com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, que “pelo que tudo indica, está pacificado”.
O presidente evitou encarnar sua versão mais bélica, mas disse que só aceitará o resultado das eleições “desde que sejam limpas”, ao ser questionado sobre o tema. Na prática, ameaçou novamente o processo eleitoral. Também colocou, mais uma vez, sobre os militares a responsabilidade pela vigilância da transparência das eleições. Esse processo cabe, no entanto, ao próprio TSE.
O fato é que Bolsonaro seguiu pregando para sua base, ou seja, não ganhou nem perdeu votos. Para um candidato que está 15 pontos percentuais atrás do principal adversário e corre risco de uma derrota no primeiro turno, segundo o último Datafolha, não há muito o que comemorar.