Bolsonaristas e oposição se encontrarão na av. Paulista

Destaque, Todos os posts, Últimas notícias

Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO CONTEÚDO

O dia 11 de agosto, escolhido por oito entidades de oposição para manifestações públicas e por signatários de duas cartas abertas em defesa da democracia, virou alvo de preocupação dos responsáveis pela área de inteligência e segurança do Planalto. Para a mesma quarta-feira está prevista a participação do presidente Bolsonaro em uma série de encontros com presidenciáveis promovidos pela Fiesp — a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, com sede na avenida Paulista, centro nervoso das manifestações.

Até o momento está mantida a participação do presidente no encontro em que a elite dos industriais do estado pretende entregar um documento com as propostas do setor, batizado de “Diretrizes Prioritárias Governo Federal 2023-2026”, com o foco em 13 áreas, a começar pelo “ambiente econômico” e “reforma tributária”.

Em aviso aos participantes, a Fiesp registra que a data de participação de Bolsonaro “foi antecipada para o dia 11, a pedido do candidato”.

A Fiesp é a promotora da carta dos empresários em defesa de democracia, já endossada pela Febraban e outras entidades. Os candidatos que compareceram ao encontro foram convidados a assiná-la. Estiveram na Fiesp até o momento Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e Felipe D’Ávila (Novo).

O presidente Bolsonaro é crítico da iniciativa, que chamou de “cartinha”, e classificou os promotores do documento de “empresários mamíferos”.

Para a região da Paulista, está prevista, na mesma data, a retomada de eventos públicos de protesto contra Bolsonaro. Entidades que reúnem representantes dos sem-teto, ativistas negros, sem-terra, estudantes e outros pretendem retomar a agenda de manifestações com um primeiro evento após o 7 de Setembro. Já Bolsonaro convocou apoiadores para comparecerem às ruas “pela última vez” no Dia da Pátria.

Também no dia 11, no largo de São Francisco, local simbólico da Faculdade de Direito da USP, será lido outro documento, inicialmente proposto por estudantes e professores e posteriormente encampado por juristas, artistas e formadores de opinião, também em defesa da democracia e das instituições. Ambos os manifestos foram formulados após encontro do presidente Bolsonaro com embaixadores, em Brasília, com críticas ao sistema de votação eletrônica e ministros do STF.

R7