Bolsonaro achava que lideraria eleição em agosto

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Foto: Marcos Corrêa/PR/Divulgação

Aliados do presidente Jair Bolsonaro insistem no discurso otimista, mas os dados da mais nova pesquisa Ipec o colocam muito atrás do que previam os seus aliados mais próximos para esta fase da campanha. O time do presidente acreditava que, a essa altura, véspera da largada oficial da campanha, Bolsonaro seria líder em intenções de voto. Os otimistas até falavam em, quem sabe, levar no primeiro turno.

A equipe do presidente errou feio nas previsões. Isso apesar de muito do que esperavam ter se concretizado. O Renda Brasil, vendido ainda em 2020 como a grande chave da reeleição, saiu do papel. Nasceu rebatizado de Auxílio Brasil com valor maior que os R$ 300 pensados inicialmente. Alcançou R$ 400 e agora está turbinado em R$ 600. A economia deu sinais de melhora, a operação para forçar a queda do preço dos combustíveis funcionou.

Só que, até agora, falta resultado. A distância do presidente em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda é de 12 pontos. A pesquisa Ipec/TV Globo mostra Bolsonaro com 32%. Lula tem 44%.

Meses atrás, integrantes da campanha bolsonarista estimavam que o presidente ultrapassaria Lula nas pesquisas até junho. Depois, falaram em fim de julho. E mais recentementente contavam com uma melhora significativa com o início dos pagamentos do Auxílio Brasil. Ainda contam.

Bolsonaro conseguiu, ao menos, enfraquecer tese de uma vitória de Lula no primeiro turno. Não é pouca coisa. Se levar a briga para a segunda etapa de votação, o presidente terá mais tempo para aguardar um resultado de seu mega pacote de bondades. Mais do que isso, pode torcer também por um cenário melhor na economia.

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