Fiesp e sindicalistas tentam evitar ataques bolsonaristas

Destaque, Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Pedro Ladeira-29.jun.2022/Folhapress

Em reunião com líderes de centrais sindicais nesta terça-feira (2), Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp, disse que está em contato com autoridades de segurança de São Paulo para tratar do fato de que a visita de Jair Bolsonaro (PL) à entidade acontecerá no mesmo dia, 11 de agosto, e no mesmo horário que manifestação em defesa da democracia na avenida Paulista.

As centrais sindicais também manifestaram preocupação e terão reunião com a Secretaria de Segurança Pública de SP nesta quarta (3) na qual abordarão o tema.

Em marco de aproximação com a Fiesp na gestão Gomes, elas assinaram o manifesto pró-democracia encabeçado pela entidade.

“Foi um encontro muito produtivo, tratamos de diversos temas nos quais há confluência, como a questão da reindustrialização. Trabalho e capital juntos, dialogando, em defesa da democracia”, diz Ricardo Patah, presidente da central sindical UGT, que participou do encontro.

“A garantia das eleições livres é fundamental, assim enxergam a Fiesp e também as centrais sindicais, que estarão juntas na defesa da indústria e da democracia”, afirma o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, que também esteve na reunião.

No encontro, Gomes disse que Bolsonaro será convidado a assinar o manifesto em defesa da democracia encabeçado pela Fiesp, como adiantou o Painel.

Ele disse que todos os presidenciáveis que passaram por lá para participar do mesmo evento, casos de Ciro Gomes (PDT), Luiz Felipe D´Ávila (Novo) e Simone Tebet (MDB), receberam o convite e aceitaram.

No entanto, o presidente tem criticado publicamente os manifestos sob o argumento de que teriam caráter político-eleitoral.

“Uma nota política eleitoral que nasceu lamentavelmente na Fiesp em São Paulo. Se não tivesse o viés político nessa nota, eu assinaria. Sem problema nenhum”, disse, durante sua transmissão semanal.

“Claramente que é contra a minha pessoa, que é favorável ao ladrão, não vou falar quem é esse ladrão.”

A mobilização em defesa da democracia teve impulso a partir de encontro em 18 de julho de Bolsonaro com dezenas de embaixadores estrangeiros para repetir mentiras sobre o sistema eleitoral e suas narrativas golpistas.

Folha