Gabinete do ódio preocupa Centrão
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Assessores palacianos ligados ao vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) ganharam influência na campanha à reeleição de Jair Bolsonaro nas últimas semanas. O fato acendeu o alerta de caciques do Centrão, que temem um estímulo à radicação do discurso eleitoral do presidente.
Há cerca de um mês, o assessores Filipe Martins, Mateus Sales e Mateus Diniz passaram a participar das discussões e definições da estratégia de campanha de Bolsonaro. Os três dão expediente no Palácio do Planalto e são integrantes do chamado “gabinete do ódio” da Presidência.
Segundo integrantes da campanha, Martins tem apresentado análises de cenários e levado propostas de estratégia eleitoral para Bolsonaro. Ele também vem defendendo o resgate das pautas ideológicas de 2018, muitas delas consideradas “radicais” pela ala política da campanha.
A Martins e Diniz é atribuída a articulação para as recentes participações de Bolsonaro nos podcasts “Flow” (veja foto acima) e “Cara a Tapa”. A informação foi publicizada por Fabio Wajngarten, chefe da comunicação da campanha à reeleição do presidente e ex-chefe da Secom da Presidência.
Um governo, uma vitória decorre de pessoas visíveis e muitas vezes invisíveis, fora dos holofotes. A agenda/ entrevista do Pr no Flow foi exaustivamente construída pelos amigos @filgmartin e os Matheus (s). Foi espetacular.
A entrevista já tem 3.7 milhões de views. Seguimos 🚀🚀.— Fabio Wajngarten (@fabiowoficial) August 9, 2022
Martins, Sales e Diniz são aliados de primeira hora de Carlos Bolsonaro, que tirou licença não-remunerada da Câmara Municipal do Rio para ajudar o pai na campanha. O vereador é apontado pelo presidente como o principal estrategista da campanha para as redes sociais.