Militares do Rio vão invadir a praia da elite carioca

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Foto: Orlando Brito

Se os bolsonaristas cariocas, por mais patrióticos que sejam, dificilmente perderiam um feriado de sol e praia para prestigiar seu líder no desfile militar de 7 de setembro na Avenida Presidente Vargas, centro do Rio, Bolsonaro e as Forças Armadas então irão ao encontro deles na praia de Copacabana, a princesinha do mar.

O prefeito Eduardo Paes, do Rio, ainda não foi oficialmente comunicado da mudança do local do desfile, mas em breve será. O Comando do Leste, que tinha tudo planejado para pôr 5 mil militares na Avenida Presidente Vargas, já foi comunicado e se apressa em tomar providências. Missão dada, missão cumprida.

Nascido e criado no Vale da Ribeira, São Paulo, Bolsonaro, em 2018, se elegeu presidente com 66% dos votos válidos do Rio, cidade para onde migrou e fez carreira na política depois de expulso do Exército nos anos 1980 por má conduta. Inconformado com o salário, ele ameaçou detonar bombas em quartéis.

Pesquisa Ipec (ex-Ibope), divulgada no último dia 21, apontou que Lula tem no Rio de Janeiro 41% de intenções der voto contra 34% de Bolsonaro, 6% de Ciro Gomes (PDT) e 2% de Simone Tebet (MDB). O Rio é o segundo maior colégio eleitoral do país, o primeiro é São Paulo, o terceiro Minas Gerais e o quarto a Bahia.

A mais nova pesquisa Datafolha, aplicada na semana passada, mostrou um cenário de estabilidade nas intenções de voto em São Paulo, o que para Bolsonaro foi ruim. Lula segue na frente com 18 pontos percentuais de vantagem. Em Minas, na semana passada, pesquisa do Instituto F5 deu Lula com 13,3 pontos na frente.

Na Bahia, Lula massacra, segundo pesquisa do Instituto Quaest do início de julho. Lula aparece com 62% das intenções de voto contra 19% de Bolsonaro. No Nordeste como um todo, Bolsonaro cresceu, passando de 19% das intenções de voto em junho para 24% em julho. Mas Lula continua soberano com 59% no Datafolha.

Sempre haverá os militares para socorrerem o ex-capitão indisciplinado para o qual agora batem continência. Se é preciso desfilar em Copacabana para ajudá-lo, desfilarão com garbo. Outra vez votarão nele em peso e torcerão para que ele se reeleja. Esquerda de volta ao poder, nunca mais. Quanto a dar golpe…

O golpe já esteve mais bem cotado. No momento, está em baixa. O presidente Joe Biden, dos Estados Unidos, avisou que não contem com ele para essa louca aventura.

Metrópoles