União Brasil, MDB e PSDB não se entendem sobre SP
Foto: Marcelo Chello/Estadão
Faltando dois dias para o limite do prazo estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o lançamento das candidaturas em 2022, o União Brasil passou a exigir a indicação do deputado federal Geninho Zuliani (UB-SP) como vice na chapa do governador Rodrigo Garcia (PSDB) para sacramentar o apoio ao tucano na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.
Aliado e ex-assessor de Garcia, que fez carreira no DEM antes de migrar para o PSDB no ano passado, Geninho é um nome que agrada ao governador, mas sofre resistências do restante da coligação, formada por 10 partidos.
Diante do movimento do União Brasil, o MDB ampliou a pressão pela indicação do ex-secretário de Saúde da capital, Edson Aparecido, que fez sua carreira no PSDB, mas deixou o partido no começo do ano.
Fiador de Aparecido, o prefeito Ricardo Nunes ficou irritado com a “indicação” do União do Brasil e uma ala do MDB ameaça romper a aliança. A cúpula do MDB também ficou, segundo apurou a reportagem, “desconfortável” com a indicação de Geninho, que não teria expressão política para ocupar o cargo.
Segundo interlocutores, Garcia deve anunciar sua decisão nesta quarta-feira.
Antes de Geninho, o União Brasil chegou a ventilar o nome do ex-ministro Henrique Meirelles para o cargo e vice, mas prevaleceu de optar por um nome mais “orgânico” e com história no DEM, ex – partido de Garcia.
O tucano chegou a ventilar a ideia de escolher uma mulher como vice.