Bolsonaro tenta vitaminar candidatos sem votos
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Pelo menos duas dezenas de ministros, autoridades de segundo escalão e parlamentares da base aliada que participaram das semanais lives de Jair Bolsonaro no seu mandato são candidatos nestas eleições.
Mas ter participado dessas lives não é garantia alguma de sucesso nas urnas. Mesmo para os “campeões” no ranking de aparição nesses programas de Bolsonaro, que acontecem desde o início de seu governo.
Os dois que mais apareceram nas lives de Bolsonaro nos dois primeiros anos do governo – o ex-secretário de Pesca, Jorge Seif, com 19 participações, e o ex-ministro do Turismo e sanfoneiro Gilson Machado, 16 vezes – são candidatos a Senado nos seus estados. E, pelas pesquisas, as chances de se elegeram praticamente inexistem. Seif está na foto acima numa das lives com Bolsonaro.
Em Santa Catarina, Seif está em quinto lugar, com apenas 4% das intenções de voto, em pesquisa do Ipec, da semana passada. Machado, em Pernambuco, está em quarto, com 7%, segundo levantamento do Ipec de duas semanas atrás.
O deputado Vitor Hugo, ex-líder do governo na Câmara, apareceu em quatro lives com o presidente nos dois primeiros anos do mandato, e disputa o governo de Goiás. Está em terceiro lugar com apenas 4%, segundo o Ipec da semana passada.
O astronauta Marcos Pontes, ex-ministro da Ciência e Tecnologia, também esteve em algumas lives com Bolsonaro. Ele concorre ao Senado em São Paulo, aparece em segundo com 13%, mas muito atrás do favorito, Márcio França, do PSB, que tem 30%.
Sergio Moro, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, também esteve em algumas transmissões do presidente. Ele concorre ao Senado no Paraná e está sem segundo, com 24%. Alvaro Dias lidera com 35%.
Outros que passaram pelas lives do presidente e que não são favoritos a vencer são Damares Alves – senado no Distrito Federal -, Tarcísio Freitas – candidato ao governo de São Paulo -, e Luiz Henrique Mandetta, que disputa o Senado no Mato Grosso do Sul.