“Bolsonaro terá que ser punido”, diz Eduardo Guimarães
Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reuters/Adriano Machado
Em participação na TV 247, o jornalista Eduardo Guimarães analisou, em tom de preocupação, a possibilidade de uma postura golpista de Jair Bolsonaro (PL) caso seja derrotado nas eleições de outubro.
“Vemos o Bolsonaro dizendo que vai vencer no primeiro turno, e que se não vencer com 60% dos votos válidos vai ter algo estranho com o TSE. Então ele está preparando um discurso de contestação. A comunidade internacional em peso está dizendo que ele vai tentar o golpe. Há, inclusive, um movimento internacional para que as grandes democracias declarem reconhecimento da vitória do Lula imediatamente após a proclamação do resultado das urnas”, afirmou Guimarães.
O jornalista avaliou que são necessárias estratégias das instituições para antecipar uma tentativa de golpe e garantir a estabilidade democrática após a divulgação dos resultados. “O ‘x’ da questão é o seguinte: dia 2, à noite, vai sair o resultado e o Bolsonaro vai dizer que foi derrotado. Não se sabe em que tom ele dirá isso, e primeiro começa com a reação dos zumbis dele, que vão sair pela rua ensandecidos. Segundo lugar, aí o que fica é: qual será a atitude dos militares? Ele tem até 31 de dezembro para ficar no cargo e dia 1º de janeiro ele tem que desinfetar. Se ele disser que não sai e ninguém der bola, a PF entra lá e o tira de lá”.
“Mas se ele fizer isso e os militares cercarem os Palácios da Alvorada e do Planalto com tanques, aí nós entramos num impasse. Eu não sei o que vai acontecer, espero que os militares tenham bom senso, o isolamento que o Brasil sofreria no mundo (em caso de golpe) são favas contadas. Agora, a questão é que Bolsonaro não vai reconhecer a derrota e parabenizar o Lula pela vitória. Isso é algo que tem que ser pensado, e as autoridades devem preparar medidas e avisos para o que acontecer nesse país em decorrência de uma exortação de Bolsonaro ao caos, responsabilizando-o civil e criminalmente”, concluiu.