Campanha de Bolsonaro faz reuniões sobre Datafolha
Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo
Animados com a mobilização popular nos comícios de Bolsonaro organizados no 7 de setembro, os integrantes da campanha presidencial estão otimistas como nunca para o Datafolha desta sexta-feira. As projeções da pesquisa tomaram conta de boa parte das reuniões que aconteceram no QG da campanha ao longo desta quinta-feira, apesar da insistência de Bolsonaro e seus aliados em tentar esvaziar a relevância do levantamento.
A aposta mais otimista feita por um integrante da equipe à coluna é que a diferença de 13 pontos percentuais entre Lula e Bolsonaro cairia para 10, com o petista à frente.
O discurso para a base seguirá na linha de descredibilizar o Datafolha, reconhecido nacionalmente pela seriedade do seu trabalho. A estratégia funciona como uma “vacina”, caso o presidente continue estagnado. Como informou a coluna, a principal função dos atos de 7 de setembro foi produzir imagens para abastecer a campanha de Bolsonaro. O objetivo é usá-las para se contrapor aos levantamentos que mostram o presidente atrás de Lula e animar os eleitores que estariam abandonando Bolsonaro.
Outro argumento que passou a ser defendido pelos integrantes da campanha é que o Datafolha só deve mostrar o crescimento de Bolsonaro às vésperas do primeiro turno, o que na teoria de conspiração bolsonarista, já estaria acontecendo.
O fato é que, enquanto as pesquisas não mostrarem a tão sonhada virada que a campanha de Bolsonaro anuncia desde maio, seguirão alvos de ataques do presidente.