Eleitor poderá levar apenas “cola” à cabine de votação
Foto: Antonio Augusto/secom/TSE
No dia 2 de outubro, cada brasileiro apto a votar deve escolher cinco candidatos: presidente, senador, governador, deputado federal e deputado estadual ou distrital (saiba mais abaixo). Com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de proibir aparelhos celulares na cabine de votação, para garantir o sigilo na hora da escolha, uma “cola eleitoral virtual” pode ajudar.
No site da Justiça Eleitoral, a ferramenta permite anotar os números dos candidatos, na ordem em que se vota. Depois, é só imprimir e levar para a cabine.
Ao todo, são 16 dígitos para registrar na urna eletrônica:
Deputada ou deputado federal: 4 dígitos
Deputada ou deputado estadual ou distrital (no DF): 5 dígitos
Senadora ou senador: 3 dígitos
Governadora ou governador: 2 dígitos
Presidenta ou presidente: 2 dígitos
A urna eletrônica também permite que o eleitor vote nulo, branco ou na legenda do partido, caso não queira escolher nenhum candidato. De acordo com a Constituição Federal de 1988, votos brancos e nulos são votos inválidos, ou seja, são descartados e não contabilizados.
O secretário Judiciário do TSE, Fernando Alencastro, diz que “a diferença entre votos nulos e brancos está apenas na maneira como o eleitor prefere invalidar seu voto”. Para invalidar a escolha, por meio do voto branco, o eleitor aperta a tecla “branco” na urna.
Já para invalidar por meio do voto nulo, a pessoa digita um número que não está registrado para nenhum candidato ou partido. Assim, a própria urna eletrônica indica que aquele voto será nulo.
De acordo com o artigo 77, parágrafo 2º, da Constituição, é eleito o candidato que tiver a maioria dos votos válidos, excluídos os brancos e os nulos.
O voto de legenda acontece quando o eleitor registra apenas os dois números do partido. Esse voto é válido, no entanto, não será direcionado a um candidato específico mas, por outro lado, ajuda o partido a ter mais vagas no Poder Legislativo.
O secretário do TSE aponta que o voto na legenda ajuda todos os candidatos do partido, porque amplia o número de vagas que a legenda conquista.
“Quem assume, são os candidatos mais votados daquele partido”, explica Fernando Alencastro.
O TSE também desenvolveu uma urna virtual para que o eleitor treine o voto exatamente como acontece no dia da eleição. O “treino”, segundo o Tribunal, além de dar segurança para o cidadão que vai votar pela primeira vez, por exemplo, reflete na diminuição do tempo que cada um leva para votar, podendo diminuir as filas.
Os partidos e candidatos da urna virtual são fictícios, mas a dinâmica de voto é a mesma, inclusive com os sons emitidos pela urna eletrônica. Lançado para as eleições de 2014, o simulador ganhou, em 2022, atualizações em termos de acessibilidade como inclusão da intérprete de Libras e áudio para pessoas com deficiência visual.
Para usar o simulador, basta acessar este link, selecionar qual tipo de eleição e seguir as orientações que aparecem na tela, até o fim da votação. “A pessoa pode corrigir, reiniciar e aprender com mensagens explicativas quantas vezes quiser”, diz o TSE.