Novo assassinato de petista choca o mundo

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O assassinato motivado por uma discussão política, em Mato Grosso, repercutiu na imprensa internacional nesta sexta-feira. A mídia estrangeira destacou o aumento das tensões a pouco menos de três semanas do primeiro turno das eleições presidenciais.

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O crime aconteceu na quarta-feira, dia em que o bicentenário da independência do Brasil foi celebrado. O bolsonarista Rafael Silva de Oliveira, de 22 anos, preso em flagrante por ter esfaqueado e tentado degolar Benedito Cardoso dos Santos, de 44 anos. Nesta mesma data, o presidente Jair Bolsonaro (PL) usou os desfiles cívico-militares para fazer propaganda eleitoral.

O homicídio foi destaque na página inicial do jornal britânico “The Guardian”. A publicação lembrou que “os ânimos se estremeceram durante uma discussão sobre o apoio aos dois candidatos”, e ressaltou que este foi o “mais recente exemplo de crescentes tensões políticas na preparação para a eleição deste ano”.

O “El País”, da Espanha, afirmou que “a campanha eleitoral no Brasil está mais uma vez manchada de sangue”. O jornal espanhol citou um trecho da decisão do juiz Eduardo Bezerra, que manteve Rafael preso. O magistrado afirmou que a intolerância “não deve e não será admitida, sob pena de voltar a tempos bárbaros”.

A rede de televisão “NTV”, da Alemanha, noticiou o assassinato chamando a atenção para como “uma discussão entre oponentes rapidamente se torna violenta” no Brasil, com armas sacadas e um resultado mortal.

Ao noticiar o caso, o jornal francês “Le Figaro” escreveu que “o Brasil está enfrentando essas eleições em um clima polarizado como nunca antes”. O “Le Parisien” foi na mesma linha e afirmou que “raramente uma eleição foi tão tensa”.

Nos Estados Unidos, o jornal “The Washington Post” publicou uma matéria da agência “AP” que lembra a morte de outro petista, também por um bolsonarista, na cidade de Foz do Iguaçu, em julho.

O jornal argentino “Clarín” disse que a discussão política transformou-se em briga e terminou em tragédia. E acrescentou que “a tensão para as eleições cresceu nos últimos tempos”.

O caso também foi noticiado nos sites da agência italiana “Ansa”; do “Japan Today”, do Japão; e do “The Jerusalem Post”, de Israel.

O Globo