Padre fake e candidato do Novo foram os mais mal avaliados
Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo
O debate entre os presidenciáveis na TV Globo, nessa quinta-feira, rendeu milhões de menções em redes sociais, sites e blogs. O cientista político Luiz Felipe D’Ávila (Novo) e o autointitulado padre Kelmon (PTB) foram os candidatos que superaram a marca de 60% das menções negativas durante o último encontro antes da votação do primeiro turno, neste domingo, segundo acompanhamento da Quaest.
Os líderes das pesquisas de intenção de voto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), concentraram o maior número de menções, com 40% e 39%, respectivamente. Mas o maior número não se refletiu em menções positivas. Nesse aspecto, quem se saiu melhor foi o candidato Ciro Gomes (PDT), que concentrou somente 12% das menções, mas 49,2% delas positivas.
O levantamento levou em conta Twitter, Facebook, Instagram, sites e blogs e constatou que o debate registrou 16,4 milhões de menções e alcance de 204 milhões de contas atingidas pelas postagens sobre o debate no período. O evento começou às 22h30 de quinta e terminou já na madrugada desta sexta-feira.
Na contagem geral de menções, no entanto, os demais candidatos tiveram desempenho bastante inferior a Lula e Bolsonaro. Padre Kelmon recebeu 5% do total monitorado, seguindo pela candidata Simone Tebet (MDB), que teve 2%, e Soraya Thronicke (União Brasil) e D’Ávila, ambos com 1%.
Bolsonaro, com histórico de maior engajamento nas redes, praticamente empatou com Ciro nas menções positivas, com 49%. Simone Tebet teve 45,2%, seguida por Lula (43,5%). O desempenho do petista, em percentual, foi semelhante a de Soraya, que teve 43,2%. As duas senadoras repetiram embates com Bolsonaro, comportamento visto também nos dois debates anteriores.
As piores reações ficaram por conta do candidato do Novo, que teve 67,2% das menções negativas, seguido por padre Kelmon, com 64%. A exemplo do que ocorreu no debate do SBT, Kelmon atuou como linha auxiliar de Bolsonaro e coube a ele fazer os ataques mais incisivos a Lula e levantar temas da agenda de costumes e da pauta conservadora.
Segundo a Quaest, apenas no terceiro bloco Lula ultrapassou Bolsonaro em número de menções, com 46% a 32%. Nos outros três blocos, o atual presidente ficou na frente com respectivamente 42%, 40% e 42%, enquanto o petista registrou 38%, 39% e 36% menções, no 1º, 2º e 4º blocos.
Ciro Gomes dividiu com Jair Bolsonaro a liderança das menções positivas: ficou na liderança no primeiro e no último bloco, enquanto o atual presidente liderou no segundo e no terceiro. Lula teve seu melhor desempenho no terceiro bloco, quando ocupou a terceira colocação entre as menções positivas.