Tebet disse que Bolsonaro fugiu de Lula
Foto: Marcos Serra Lima
Integrantes das campanhas de Lula e de Bolsonaro saíram com percepções antagônicas do debate na TV Globo. Para os petistas, Lula se saiu melhor que o presidente, conseguiu responder às acusações de corrupção, apontou as fragilidades de Bolsonaro sobre o tema e ainda e se mostrou aberto a debater propostas em questões divididas com Simone Tebet (MDB) e até Ciro Gomes (PDT), que o atacou.
O bate-boca com Padre Kelmon (PTB), que atua como linha acessória de Bolsonaro, foi considerado o momento mais vulnerável de Lula entre os petistas, mas sem capacidade de atrapalhar seu desempenho nas urnas. A pesquisa qualitativa monitorada pela campanha mostrou que a cena foi percebida pelo grupo de eleitores como Lula sendo “vítima de um impostor”, segundo coordenadores da equipe petista.
A discussão, no entanto, foi celebrada pela campanha de Bolsonaro, que vai usar as cenas para criticar o petista nas redes sociais.
A campanha presidencial avalia que Bolsonaro começou o programa nervoso e passou a imagem de insegurança, mas depois conseguiu baixar o tom e melhorar seu desempenho. A pergunta sobre o assassinato do petista Celso Daniel dirigida por ele à Simone Tebet foi criticada por parte da equipe. A candidata usou o questionamento para dizer que o presidente é “covarde” e não teria coragem de dirigir a pergunta a Lula.
Bolsonaro recebeu propostas de questões tanto da ala política quanto ideológica da campanha e preferiu seguir o roteiro do segundo grupo, capitaneado pelo filho Carlos Bolsonaro.
As equipe de Lula e do presidente, no entanto, convergem em uma opinião. Ambas têm dúvidas se o programa terá potencial de mudar votos a dois dias da eleição.