Violência política segue matando

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Foto: REUTERS/CHRISTIAN RIZZ

Um vereador de Conchas, no interior de São Paulo, foi morto na noite de segunda-feira (12) após participar de uma sessão da Câmara.

Adriano de Moraes, de 40 anos, conhecido como Adriano Cuidador (PSB), foi assassinado com diversos tiros na cabeça quando chegava em casa, no centro.

Ainda não há informações se o crime tem motivações políticas. Nenhum suspeito havia sido identificado até o início da tarde desta terça-feira.

Segundo o presidente da Câmara, o vereador Rodrigo Lerantovsk (MDB), o colega saiu da sessão, que acabou por volta das 22h, e foi para casa, no centro da cidade, quando foi abordado.

“Ele parou o carro na porta da casa dele, a pessoa apareceu e fez o disparo. Está todo mundo em choque. É uma cidade pequena. É muita tristeza”, disse o parlamentar.

O crime ocorreu na rua São Paulo e uma câmera de segurança gravou a ação. As imagens mostram o vereador fora do carro, próximo da porta do motorista.

Um homem surge de uma esquina, fala algo para a vítima, que entrega um pequeno objeto que tinha na mão sem esboçar nenhuma reação.

Na sequência, o criminoso efetua os disparos à queima-roupa. O vereador cai e ainda recebe disparos nas costas. Nenhum pertence teria sido levado pelo criminoso.

De acordo com a Polícia Militar, uma sobrinha de 11 anos do vereador, que mora com a mãe na casa da frente, testemunhou a ação e disse que conhece o criminoso, mas não consegue se lembrar exatamente de quem se trata.

Moraes estava em seu primeiro mandato depois de duas suplências em 2016 e 2012.

“A gente está sem informação. Não sabemos se tem alguma motivação política ou outra coisa. Meus sinceros sentimentos à família, que está em choque”, disse Lerantovsk.

A Câmara divulgou uma nota em que manifesta extremo pesar. “Registramos ainda o reconhecimento dos relevantes serviços prestados à sociedade Conchense em sua trajetória parlamentar. Como representante do povo cumpriu o seu papel e deixa vivo seu legado. Que Deus em sua infinita misericórdia possa confortar a família”, divulgou o Legislativo.

O crime é investigado pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Botucatu. Imagens de câmeras de segurança da região foram apreendidas pela polícia e serão analisadas para identificar os autores do crime.

Moraes era solteiro e não tinha filhos. O corpo foi levado para o IML (Instituto Médico Legal) de Botucatu.

Valor Econômico