Bolsonaro e Garcia vão se encontrar
Foto: Fábio Tito/g1
O presidente Jair Bolsonaro (PL) vai se encontrar nesta terça-feira em São Paulo com o governador Rodrigo Garcia (PSDB), terceiro colocado na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. Bolsonaro busca convencer Garcia a declarar apoio à candidatura do presidente no segundo turno. O encontro foi confirmado por fontes do governo paulista.
Como informou a colunista Vera Magalhães, Garcia deve anunciar entre esta terça e amanhã seu apoio a Tarcísio de Freitas (Republicanos) na eleição estadual, mas ainda reluta em apoiar Bolsonaro na presidencial.
O presidente deverá participar, ainda, de duas agendas em igrejas evangélicas com Tarcísio. O candidato do presidente em São Paulo obteve 42,3% dos votos no primeiro turno, à frente de Fernando Haddad (PT), que teve 35,7% da preferência dos eleitores paulistas.
Mais cedo, o governador reeleito Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, anunciou apoio a Bolsonaro (PL) no segundo turno da disputa pelo Palácio do Planalto. Os dois fizeram uma declaração à imprensa após uma reunião no Palácio da Alvorada.
Rodrigo Garcia, por sua vez, foi derrotado no primeiro turno. O presidente afirmou que existe uma previsão de reunião entre os dois em São Paulo, mas que a ideia é tratar apenas do cenário nacional, e não de um possível apoio do tucano a Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) no segundo turno.
— Devo conversar com o Rodrigo hoje. Mas é uma questão nacional. Local, ele trataria com o Tarcísio. Desconheço qualquer trabalho nesse sentido. Comigo, vou conversar com o Rodrigo Garcia — afirmou, acrescentando: — Está previsto pessoalmente, não bati o martelo ainda. Seria no aeroporto em São Paulo. Não vou poder ir lá no governo dele porque minha agenda está muito apertada em São Paulo.
Bolsonaro comparou a negociação a um namoro e disse esperar que a maioria do PSDB em São Paulo não apoie o PT.
— (Vamos) Conversar sobre política. É igual a um namoro. Você parte para o noivado ou não. Eu acredito que naturalmente uma parte considerável do PSDB viria comigo em São Paulo, porque não vai apoiar o PT. Até pelo histórico do Lula, pelo estrago que o Haddad fez em São Paulo também, o pior prefeito da história da capital paulista.