Bolsonaro minimiza uso de medicamento abortista

Destaque, Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Reprodução/Stephanie Rodrigues/G1

Durante o debate entre os candidatos Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta sexta-feira (28/10), na TV Globo, o atual presidente mencionou o remédio abortista “Cytotec”. Após a menção, as buscas pelo fármaco dispararam no Google. A ferramenta Google Trends, que mostra os mais populares termos buscados e seus índices de procura, apontou que, a partir das 22h desta sexta, o interesse foi classificado no nível cem. Nas últimas 24 horas, a busca por “Cytotec” era classificada como nível quatro.

Durante o debate, o ex-presidente Lula questionou Bolsonaro sobre uma declaração dada, enquanto deputado federal, em 1992, sobre o medicamento abortivo. “Eu vou ver um trecho aqui: ‘Não adianta uma multidão de brasileiros subnutridos sem condições de servir ao seu país’, conclui o então deputado, que oferece que seja distribuída pílula de aborto para a sociedade brasileira, em 1992, quando era deputado. Falou isso, ou não? Falou isso, ou não? Não importa, falou isso, ou não? Falou isso, ou não? Pílulas abortivas”, disse Lula.

Bolsonaro respondeu: “Trinta anos atrás, 30 anos atrás, abortiva, é Cytotec? É pílula do dia seguinte, é isso? Outra coisa, 30 anos atrás, eu posso mudar”, argumentou Bolsonaro, que reiterou seu posicionamento “pró-vida” e chamou Lula de “abortista convicto”. O medicamento citado por Bolsonaro é proibido no Brasil, e só é administrado em casos de acefalia ou estupro.

Nas redes sociais, a repercussão também ganhou espaço. A deputada federal eleita Erika Hilton (Psol-SP) questionou o porquê Bolsonaro tem conhecimento sobre o medicamento: “Porque Bolsonaro sabe o nome do Cytotec????”, escreveu a futura parlamentar.

 

 

Antonio Tabet, um dos fundadores do canal Porta dos fundos, ironizou: “Bolsonaro entende de Cytotec o que não entende de Viagra”, escreveu. O deputado estadual eleito no Rio Grande do Sul Matheus Gomes (Psol) também questionou o conhecimento do candidato sobre a pílula.

 

 

 

 

Correio Braziliense